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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Copo meio cheio ou meio vazio?


Quem disse que a gente é obrigado a escolher uma das duas opçoes mesmo?! Outro dia estava revendo um filme e quando acabou, fiquei pensando sobre o que aconteceu nele, daí cheguei no Luis e começei a comentar sobre ele , e ele virou pra mim e disse que não gosta de filmes "cabeça" que nem eu.. "Quando vejo um filme não gosto de pensar, quero me divertir!"(Luis) Pff.. nem respondi, bem o caso é que eu fiquei pensando: porque a gente tem essa mania de criar rivalidade entre as coisas? É como se muitas vezes, a gente ficasse se forçando a tomar partido. Você ouve rock ou musica sertaneja? Prefere cidade ou roça? Loiro ou moreno? Carne ou peixe? Cerveja ou Destilado? Ahhh! Parece que o tempo todo temos que marcar um "X" nas opções. Uma vez me perguntaram se eu preferia matemática ou português . Eu tinha uns 10 anos e, quando você tem essa idade e te perguntam uma coisa dessas, você se sente meio que encurralada. A pessoa tinha colocado um "ou" na pergunta, o que deixava claro que eu tinha que escolher uma opção. Pensei e respondi: Português. Passei minha vida inteira conformada que eu seria boa em português e ruim em matemática. E não precisava ser assim! Anos mais tarde é que eu vi que tinha gente que era boa nas duas coisas, que eu podia gostar de matemática e continuar gostando de português. (Viva a báscara! haha ) Voltando ao filme, toda vez que alguem me pergunta de que tipo de filme eu gosto fico tentada a responder baseada nos ultimos que vi, mas a verdade é que meus filmes preferidos variam de acordo com minha época da vida. Aliás, variam num mesmo fim de semana. rs . Mas mesmo que eu amasse os mesmos tipos de filme, porque teria que criar uma rixa entre o tipo de filme que eu gosto e os outros? Porque defender um e detonar o outro como se estivesse escolhendo um candidato para votar? Uma das coisas que acho mais interessante na arte é a diversidade. É incrível ter acesso a tantos tipos de músicas, livros, etc.. Essa diversidade atende não só a pessoas diferentes, como a mesma pessoa em diferentes momentos. Pra que abrir mão disso? Fico pensando se essas pessoas que defendem ardorosamente um tipo de coisa gostariam que a outra opção sumisse do mundo só porque não gostam. Você, eu não sei. Mais eu acho que isso seria um empobrecimento desnecessário da arte. Da mesma forma que acho que escolher categoricamente entre loiro/moreno , português/matemática , rock/sertanejo é um empobrecimento da vida. A gente muda, nossos gostos variam e nossas idéias, felizmente não são fixas. Pra que trocar o "e" pelo "ou"? Talvez seja mais fácil escolher se o copo está meio cheio ou meio vazio, mas a verdade é que ele está meio cheio E meio vazio - de cerveja, de vodka, de cunhaque, de pinga hahaha dependendo do dia. E tudo bem.