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terça-feira, 11 de julho de 2017

Epifanias

De repente você se enxerga mas não se vê, não consegue se determinar sem ter que ser algo suficiente para outrem. Não há identidade, não há conclusões, não há profundidade. Ai percebe também a perdição em pessoas e sentimentos que já não deveriam fazer sentido, em rotinas vazias e dificuldade em interagir.
Mas eu, na minha humilde condição humana, acredito que é do jeito que deveria ser.
Não há o que questionar depois que torna presente, não há o que se preparar nem confortar. Por mais que haja um ensaio para a vida, o agora não permite arrependimentos, não permite, não permite muitas escolhas quando nos deparamos com as condições todas a mostra mas só uma esta a venda. Mesmo sabendo das opções o presente suporta apenas uma conclusão, uma evolução, só permite um meio para cada final.
É tudo muito abstrato.
Você não escolhe apesar de a todo instante acreditar que são escolhas... não há escolhas quando não se determina o futuro!
Não há razões tão certas quando não se pode determinar os resultados.
Se eu faço e da merda serei condicionada ao fardo de ser culpada por não ter feito a escolha "certa", se não faço e da merda também serei condicionada a culpa da mesma maneira. 
Não há fuga dessa reflexão, a todo instante meu ser é moldado a partir das minhas incapacidades, daquilo que não sou capaz de controlar e, então, simplesmente não exploro por medo de ser essa expressão desconhecida de mim.

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