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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Atemporalidades cotidianas...


Andei pensando hoje, na minha habitual monotonia de terça-feira pela manhã onde não tenho nada para fazer na schin, qual a seria minha hora perfeita? Aquela hora, de um tempo no passado longínquo ou no passado distante, no presente de ontem ou de umas poucas horas atrás. São poucos os momentos da vida que ficam exatamente registrados em nossas memórias. Esses poucos momentos ou são perfeitamente eternos ou ficam tragicamente gravados.
Como fiquei pensando nas horas perfeitas, e somente nelas, descartei qualquer hora que me fosse desagradável e que dela tivesse recordações. Então me vieram à mente algumas horas, muito distantes ou ligeiramente próximas, horas que gostaria de poder reviver sempre, quando eu bem quisesse. Me veio à mente o mormaço quente de uma tarde de sábado, enquanto minha mãe e eu enrolavamos docinhos pro meu aniversário de uns 4 ou 5 anos, eu enrolava 2 desenrolava e comia, depois enchia um balão e comia mais 3 docinhos, minha mãe brigava mais no dia do seu aniversário você pode tudo entao eu nem ligava.
Me veio à mente as tardes inteiras passadas à beira da janela da casa do Glauber meu amigo, enquanto nos divertíamos brincando com as pessoas que passavam cabisbaixas em frente o polivalente, já cansadas de andar por essa vida que para nós era nova como nossa idade de doze anos. As tardes passadas no sítio do vovô Geraldo, subindo em àrvores e brincando com o Willy de borracha que eu tinha ganhado no natal, comendo churrasco a tarde toda e chegando exausta em casa.
Lembrei-me também dos intervalos das aulas, onde encontrava todas as minhas amigas e colocávamos a conversa em dia, nos divertíamos ao redor da mesma mesa todos os dias. Não dava muito valor à isso antes, por ser muito habitual. Mas com os anos perdeu-se essa habitualidade e cada uma seguiu seu caminho. Reunir todas as minhas amigas ao redor da mesma mesa é algo raríssimo de acontecer. Sempre está faltando uma.
Me veio à mente o dia em que ganhei a Drica, o dia que ganhei o Slash, o dia que o Slash sumiu e eu sai feito doida atrás dele.
Me veio à mente os jantares de natal em família, o reencontro com pessoas queridas há muito não vistas, momentos simples que marcaram muito. Mas o que dentre todos esses me veio primeiro à mente foi o meu primeiro beijo, acho que pra todas as meninas é o que mais marca.
Ando pensando nessas horas como forma de poder revivê-las, quem sabe assim consigo alegrar um pouco meus dias. Será que sou eu ou todos os dias estão ficando cada vez mais parecidos e carentes de sentido? Enfim...Se você cavasse fundo na memória, qual seria a sua hora perfeita?

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