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quarta-feira, 1 de março de 2017

Tem pessoas que nos transformam em sobreviventes.


  • Eu sobrevivi após você.
    Assim como na música de destiny’s child “survivor”, assim como Cássia Eller cantou que era fera e bicho, eu sobrevivi a você mesmo quando suas garras pareciam maiores que as minhas, mesmo quando você me dizia que era impossível que, um animal tão “domesticado” como eu, soubesse voltar para casa sozinha. Eu sobrevivi a você quando tudo virou selva e você fazia de mim a sua caça, a sua presa, o seu troféu pregado na parede de casa enquanto os amigos bebiam e jogavam poker, o seu brinquedo trincado nos dentes cobertos de sangue vermelho-quente que era para provar que você venceu. Eu sobrevivi aos períodos de guerra profunda, quando as palavras atingem o peito feito punhais. Quando até o silêncio incomoda porque ele parece omissão.  Eu sobrevivi aos comentários machistas daqueles que pertencem a sua espécie. E todas as mulheres que me diziam que aquele era o meu dever. Eu sobrevivi aos encantamentos de remissão, quando você saía um pouco do pedestal para me olhar de perto e fingir amor. Eu sobrevivi ao seu ego impositor que me encolhia para dentro de mim até que eu me esquecesse de vez e fosse só você. Eu sobrevivi a você.

  •  E o depois de você. 

  • Hoje é essa conquista que mantenho pregada no meu mural em casa para todos verem.

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