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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Dois não dois mil

Vasculhando as redes sociais, me deparo com tantos casais "apaixonados" nelas espalhados, o que me deixa a pergunta: É amor? O amor no meu ponto de vista é aquilo que acontece com o decorrer do tempo, quando você conhece a pessoa detalhe por detalhe, roupa por roupa, atitude por atitude, gostos, conteúdo e absurdos. Não quando você está com uma pessoa que ao seu ver, forma um casal bonitinho. 
Amor vai além dos textos apaixonados na página um do outro e do "eu te amo" não raciocinado. O melhor do amor é a parte que fica entre quatro paredes, que ninguém vê, que ninguém sente, que ninguém sabe. É a parte do olho no olho, das palavras que não são demonstradas a todos, e sim apenas à pessoa que se ama. Amor é quando você conhece os defeitos do outros e os aceita. Quando você não estipula a roupa que o outro usa, as amizades que o outro tem, os gostos que o outro carrega. Amar é aceitar, é não deixar de amar quando não corresponde ao seu padrão. É amar na distância, na ausência, na falta de ligações e mensagens. É amar quando o outro não tem tempo, quando prefere ficar em casa, quando sai com os amigos, quando faz cara ruim.
Amor não é romantismo mostrado à púbico, é o romantismo que ocorre ao longo de uma briga.
Penso que amor que dura é amor que aguenta. Que tem espaço pra crescer, que tem liberdade, confiança e que favorece as duas partes. Tanta gente que abre mão do seu prazer, estilo, rotina apenas para agradar o companheiro, e até que ponto isso realmente conta? Até que ponto uma pessoa viver apenas em função do outro é amor? 
Casais que realmente se amam são cúmplices, parceiros e discretos. Não é mostrando o amor aos demais que faz com que ele realmente exista. Amor é segredo. Amor é silêncio. Amor é dois.

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