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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Verdade ou mentira?

Você me irrita, logo existo!

E a partir daí vem toda a cascata de fúria, maldade e insensibilidade. Obsessão em verdade e vício em utopia. Imaginava que a verdade era singular, e todas as versões da verdade fossem inverdades. Quando na verdade, a verdade é abstrata.
Desde que você acredite no que você quer acreditar ou desacredite no quer desacreditar, você faz a verdade que lhe convém, o que não quer dizer que a minha verdade é certa e a sua errada. 
Aqui se encaixa uma metalinguística Aristotélica de uma mente tentando se materializar. Tentando respirar. Mas a real, é que não temos prova alguma de que a mente exista. De que nós existimos, de que você que tá lendo isso agora exista! 
Tento te entender, mas não compreendo. Porque compreender é prender com. No caso da mente um crânio? O que conhecemos são apenas meros fragmentos, músicas, livros, filmes, séries, preferências... E o vasto conhecimento das sinapses neurais e o mapa das químicas no cérebro nos dão uma "prova?" da sua existência. Mas como eu disse, ou melhor, como me ensinaram na psicologia, a verdade é abstrata. E todas as versões da verdade podem ser uma possibilidade. É tudo uma questão de como olhar.
Se a mente não existe, ou se eu não existo, como pode o sentir ser tão intenso? Se sentir e existir não estão ligados eu já não acredito em mais nada na vida. 
A partir do momento que me diagnosticaram e me medicaram pra "síndrome do pânico" eu fico tentando imaginar como seria não conviver com um milhão de pensamentos por segundo. Se isso não é normal o que é ser normal? Ser alheio a tudo?
Se minha preocupação com tudo é demais o que é ser de menos? 
Não se responsabilizar por nada... A minha verdade é o meu mundo, e nesse mundo eu sou "perfeita" do jeito que me criei, das coisas que aceitei e de como eu levo minha vida até hoje.
Nesse universo de verdades e abstratividades:

"Mover é respirar e respirar é viver.
Parar é morrer.
Remar é viver e viver é difícil.
Mas viver é melhor que perder tudo que nós somos,
Tudo que nós sabemos, tudo que nós sentimos..."

Embora todo esse debate seja apenas uma observação, com muitas pontas soltas e de certa forma um raciocínio até meio cru, essa é a reflexão que deixo com vocês. O que é preciso pra ser normal?

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