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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Mais uma dose.

Acordo de um sono de 3 horas, um sono irrequieto, onde as coisas são mais vívidas que a realidade. 
Custo a enxergar, viro pro lado pra tentar me distrair com alguma coisa que não sei o que é. 
Não olho diretamente pra nada que me liga a minha irreal realidade.
É efeito do que me corrói por dentro. 
De longe enxergo a estante e conto os comprimidos pela 6ª vez no dia. 
Minha cabeça pesa, os pensamentos voam, mais uma vez olho pra estante e conto os comprimidos. 
Levanto.
Escovo os dentes olho no espelho e não reconheço o reflexo que me olha de volta. 
Tento me desligar de tudo aquilo que me liga ao mundo, penso sobre os comprimidos pela 8ª vez... Balanço a cabeça tentando afastar qualquer ideia que me liga ao fato. 
Deito novamente. 
Lembro de quantas vezes eu passei por isso nos últimos anos... A culpa me consome como o fogo pega num mato seco.
Qualquer movimento a minha frente me faz arrepiar dos pés ao cabelo, 
confusa.
Ajoelho, oro e peço que o vento me leve.
Me leve pra longe daquilo que eu escolhi...
Meu coração aperta.
Perco meu fôlego
Até me afundar no destino que eu quis.
Ou não,
Já não importa,
já era.

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