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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Sendo sem ser...

Algumas despedidas são difíceis de engolir, porque quando a pessoa sai da sua vida ela acaba esquecendo um nó na nossa garganta. Fodem com o nosso peso, atrapalham qualquer dieta, porque o coração fica mais pesado e difícil de carregar. Ainda que dramatize a situação dizendo " Coração? Não tenho mais."
As vezes elas desenterram um álbum que você conheceu em 2008 e agora você olha vagamente para a janela do ônibus e pensa "essa música foi feita pra mim". 
Tem algumas despedidas fazem você ter a síndrome do "agora tô na pista!", mas depois de alguns etílicos mililitros ingeridos você cai no velho truque da recaída e, de madrugada, você envia o embriagado e famoso "Oi". 
Até que então vai sendo um dia de cada vez. Até que vai sendo enxergar fantasmas por onde passa, por encontrar-se sem ninguém pelos lugares que você ia acompanhado. 
Até que você acostuma a dormir sem o "Boa noite" habitual. 
Até que vai sendo outros planos, planos que vão até o fim do ano. Até que vai sendo e sendo e sendo e...Pronto! Uma hora ou outra você cansa desse gerúndio. O que doía se cicatriza e tudo bem. É também evolução ver que o que ia sendo agora não vai ser mais.
Até achar outra próxima decepção...ou não.

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