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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Ta tudo bem..

Quando tudo isso passar, olharemos um para o outro como quem sabe que o perdão nos abraçou assim que decidimos seguir por caminhos diferentes. Você vai sorrir, enquanto passa margarina no pão, porque vai sentir que acabou. Eu acabei pra você. A gente acabou. E eu vou sorrir, enquanto compro alguma coisa no supermercado, porque finalmente acabou. Você terminou sua respiração no meu corpo e já não existe mais.
Nada a ver com morte ou finidades. É só que existem outras coisas e finalmente entendemos que não é sobre o quanto durou, mas o que de bom se carrega pro dia seguinte, e eu quero carregar o sol.
Quem é você depois de um relacionamento, depende única e exclusivamente do seu livre arbítrio. 
Vestir a máscara da dor ou da permissividade é escolha que vem de dentro da gente. Mas mais importante que entrar em uma vivência é saber sair. Olhar para a janela daquela morada que está se fechando e suspirar com a paz de deixar a mesa posta, a cama feita, as toalhas estendidas e a casa arrumada. É ser completamente grato por aquela vivência a dois, pela devoção, pelo investimento, pelo tempo que foi destinado e conseguir ser pleno pela felicidade que foi dividida, pela chance de caminhar todos os dias pela mesma avenida e por ter conhecido alguém que bem ou mal, agregou valores ao nosso caminho. Poucas coisas fazem um cafuné gostoso na alma da gente como a certeza de que a nossa passagem por aquela travessia foi recheada de consideração. E acima de tudo, prosseguir com a tranquilidade que o amor soube sair, tal e qual pediu licença para entrar: sorrateiro, gentil e suave como merece e tem que ser. Gratidão.

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