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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Um dia como esse...

"Acordei" sem vontade de ver a cor da vida. Sem vontade de me levantar daquela cama quente, afastar a coberta, calçar meus chinelos, rastejar até o banheiro e literalmente enfiar a cabeça debaixo da água fria, o mais fria possível.
Não queria, mesmo que essa rotina fosse a que mais me adaptei de novembro até aqui. Acordei sem vontade de ver o sorriso do sol, de sentir qualquer brisa fresca enquanto caminho pelo bairro. Não queria, não queria mesmo ter que me sentar mais um dia no sofá da minha casa e ver os problemas dos outros na minha frente. Ora, se nem meus próprios problemas eu sei resolver, como vou conseguir ajudar meus pais com os problemas da casa? 
Acordei com raiva do mundo. E quis que tudo acabasse ali mesmo e que nada nunca tivesse acontecido.
Que lugar é esse pra onde tenho que ir? Onde pessoas não são pessoas, mas sim, apenas objetos de decoração, compondo a paisagem, preenchendo um espaço? Que lugar é esse?
Tô bem cansada. Sinto uma enorme falta de abraços diários durante o dia. Apesar dos dias serem pesados, cansativos, aqui há tanto amor... E agora? 
Não reconheço mais as ruas daquele lugar, nem os rostos que vou encontrar. Parece que tudo se mecanizou. 
As pessoas levam bem a sério a história do "desapegar". Não acho que seja por esse lado. Não mesmo. As pessoas não entendem realmente o que deve ser. Dói. 
Rolei mais uma vez na cama, e finalmente consegui voltar da realidade paralela que é minha mente e seus devaneios. Olhei o teto, virei minha cabeça para a janela. E lá fora vi que esse seria um dia daqueles.. Aqueles que te trazem angústia e nostalgia de viver. Lá fora? Bom, lá fora chovia. Uma chuva fina, sem graça, mas chovia. Odeio esses dias. Decidi então não me levantar. Voltei ao meu inferno astral mais uma vez, fechei meus olhos e desejei muito profundamente, mas muito mesmo, não ter que me levantar nunca mais!








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